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terça-feira, 28 de agosto de 2007

Soneto de Cumplicidade

Éramos três num vagão em movimento,
Que corria por trilhas desconhecidas,
Ignorando o peso de nossas vidas,
Na sua brincadeira contra o vento.

Dias numa solitária solidão,
Sem saber se primeiro noite ou dia,
Num desfiladeiro onde ninguém dizia,
Se ainda batia com seus pés no chão.

Brisa pela porta entra sorrateira.
Bate nos rostos, levanta poeira.
Carrega pra fora nosso sentimento

De que a vida já não nos pertencia,
Porque mesmo que ela fosse vadia,
Vivemos seu todo e cada momento.

Guilherme Lanari Bo Cadaval 10/08/2007

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