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sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Indecentemente Formosa

Sua concentração,
Seus lindos olhos.
Vistos através do vidro
Como numa vitrine
Da mais bela forma.
Indecentemente perfeitos.

Seus lábios rosados,
Mordidos, tamanha aflição.
A beleza mental
Combina-se ao corpo,
E, embora genial,
Seu nervosismo é exposto.

Gota de suor,
Escorre-lhe a testa.
A perfeita esfera prateada.
Fruto de tanto esforço.
E, apesar de toda a atenção,
Não percebe.

O poeta em seu caminho.
Balançando, rabiscando.
Ao lado dele,
Ela mal sabe, mas,
A fonte de sua inspiração,
É sua beleza eterna.

Ricardo Cardoso de Lima e Silva
28/05/2007

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