Andava pela comprida rua já há alguns minutos. O tempo estava nublado e o dia estava refrescante, beirando o frio. Ao passar por um dos muitos postes de seu caminho, notou uma fina e suave teia que ligava a construção cilíndrica ao muro da casa pela qual passava. Ignorou a teia, como qualquer um faria nessa situação, e recomeçou a andar, arrebentando-a.
Ao passar pelo poste seguinte, notou, para sua surpresa, outra teia. Dessa vez mais espessa e desenhada. E ao ritmo que andava e encontrava tais teias, cada vez mais detalhadas e resistentes, a cidade se enevoava. Quanto mais passava por postes, mais difícil ficava quebrar as teias e mais densa a névoa se tornava. Até que ao arrancar uma teia, com tremendo esforço, notou-se cansado.
Dirigiu-se ao próximo poste às cegas, pois o ar cinza o permitia ver apenas alguns palmos à frente de seu corpo. Alcançando a coluna de concreto, pôs as duas mãos na teia e se apoiou para descansar. Debruçou-se para relaxar e percebeu que ainda continuava a ficar cansado, como se tivesse sua energia sendo drenada de seu corpo. E ali ficou até que a névoa desaparecesse, junto com todas as teias e seu corpo pesado e exaurido.
Ao passar pelo poste seguinte, notou, para sua surpresa, outra teia. Dessa vez mais espessa e desenhada. E ao ritmo que andava e encontrava tais teias, cada vez mais detalhadas e resistentes, a cidade se enevoava. Quanto mais passava por postes, mais difícil ficava quebrar as teias e mais densa a névoa se tornava. Até que ao arrancar uma teia, com tremendo esforço, notou-se cansado.
Dirigiu-se ao próximo poste às cegas, pois o ar cinza o permitia ver apenas alguns palmos à frente de seu corpo. Alcançando a coluna de concreto, pôs as duas mãos na teia e se apoiou para descansar. Debruçou-se para relaxar e percebeu que ainda continuava a ficar cansado, como se tivesse sua energia sendo drenada de seu corpo. E ali ficou até que a névoa desaparecesse, junto com todas as teias e seu corpo pesado e exaurido.
Ricardo Cardoso de Lima e Silva
Reescrito em 23/07/2007
Pra relembrar os velhos tempos, né? Esse texto é antigo, pra quem não sabe. Eu o fiz há dois ou três anos atrás e o perdi. Tentei reconstruí-lo outro dia. André, se você ler esse texto, me fale se acha que ficou ao menos parecido com o original.
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