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sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Poema Vermelho

Boca,
Pele,
Rasga,
Fere.
Ferida aberta no rosto do homem.
Era só eu, era mais um.
Enquadrado em perfil dissonante.
Esquadrado por tropas de areia.
Parece vermelho-sangue.
Que jorra do arranha-céu.
E mancha vestido,
Inunda rua,
Suja calçada,
Estarrece o cinza.
Agora estava ali.
Um estendido entre prédios.
Se nasce rosa escura em cidade preta,
Não é rosa.

Guilherme Lanari Bo Cadaval 23/08/2007

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