O pretérito perfeitamente imperfeito;
As máscaras impostas pelas metáforas;
Tempos traçando tantas aliterações;
Palavras ababacadas a acabar em assonâncias.
Poesia romântica
Entre tantas instâncias
De espírito constantemente
Atordoado de amor.
Rimas aleatórias,
Sem pé nem cabeça,
Saindo das mesas
E entrando nas memórias.
Prazerosa e angustiante.
Fórmulas insanas.
Um ajuste de variáveis
Translatando,
Rotacionando.
O voar de aves,
Nadar de peixes
E caminhar de mamíferos.
A esquelética forma
De artrópodes invertebrados.
A arte de amar e estar.
O modelo perfeito,
Inexistente.
A folha em branco.
O mundo,
Cada vez mais político,
Com menos forma,
Menos sonhos.
A atenção radiante
Do, e no, amor.
Quanta quanta em uma reação?
As evoluções febris,
Exponenciais,
Fatorando a alma
Em aspectos algébricos.
A repetição de eventos.
A demarcação de terrenos,
De história física.
De vida.
Ricardo Cardoso de Lima e Silva
20/12/2007
20/12/2007
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