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segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Sem Título

Cheiro o mar.
Na ponta da língua inerte
O fio negro que
Ainda pende dos cabelos
Dela.
Deito o mar.
Se vão as horas de beijos
Que não cabem entre os seios
De cidade em
Fantasia.
Onde fica a janela
Para jogar-lhe no sal
Que abunda as feridas?

Rio de Janeiro, 23 de Dezembro de 2007

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