Subversiva
(Ferreira Gullar)
A poesia
quando chega
                        não respeita nada.
Nem pai nem mãe.
                               Quando ela chega
de qualquer de seus abismos
desconhece o Estado e a Sociedade Civil
infringe o Código de Águas
                                                  relincha
como puta
          nova 
          em frente ao Palácio da Alvorada.
E só depois
reconsidera: beija
                       nos olhos os que ganham mal
                       embala no colo
                       os que têm sede de felicidade
                       e de justiça
E promete incendiar o país.
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
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